Temos tido algumas conversas. Sobre a culpa, a culpa do homem branco, a culpa do ário, a culpa do genocídio, dos vários, a culpa do Holocausto, também vários, que temos que carregar ou não.
Alguns, é conhecida a Indústria do Holocausto: http://resistir.info/livros/filkenstein_pt.pdf tendo o Norman estado em Portugal a nosso convite, alguns incapazes de problematizar esse num quadro político, num quadro bio-político seguem hoje as suas pisadas e querem fazer de nós todos idiotas.
Hoje, tenho que dizer que desde sempre o sionismo é um alter ego do nazismo, que aproveita hoje em lógica da culpabilização. O discurso de Netanyahu é igual ao de Goebbels, Hertzl é um antecessor de Hitler, o povo eleito é o mesmo. O outro há que destruí-lo, aniquilá-lo.
Labels: Israel, nazionalismo, sionismo
Se por cá resolvemos, em muitos outros países continua o poder machocrata a impôr-se sobre as vidas e as mulheres:
https://www.ippf.org/blogs/why-denying-safe-abortion-care-form-femicide
um artigo esclarecedor.
Labels: Aborto, feminismos, I.V.G.
Amanhã é o dia ou melhor a noite das bruxas.
Labels: chocolate, Dia das Bruxas
Andou no bolso, e pelos intervalos dos cinemas e de outras coisas li mais esta recolha de estórias de Stefan Zweig, Umas boas e outras, excepcionais. A de Tolstoi é uma inspiração:
Hoje foi uma barrigada de filmes, e qualquer deles de referência:
Viva Varda
https://readthemike.com/viva-varda-a-shift-from-the-classical-documentary/
Lovano Supreme:
https://www.imdb.com/title/tt28297776/
Maurice Herzog
https://www.imdb.com/title/tt21998502/
Um último testemunho de Agnés Varda. Lovano a trazer-nos John Coltrane. E Herzog a discutir consigo mesmo onde está o cerebro e o que podemos fazer com ele.
Labels: docs, Docs Lisboa
Um novo Holocausto on the move:
https://www.commondreams.org/news/ethnic-cleansing-gaza
e como vivemos imersos na culpa do anterior não usamos as palavras certas, nem agimos como devemos.
Labels: genocídio, Holocausto
Casa do Comum.
" Chama-se CCBA - Casa do Comum do Bairro Alto - Centro Cultural e assume-se como um lugar em sentido contrário às dinâmicas mais sensíveis da cidade de Lisboa.
A Casa do Comum quer ser um lugar-refúgio dedicado a todas as atividades humanas que são feitas em comum. Numa cidade em hipertrofia acelerada, sujeita a várias pressões urbanísticas, turísticas, económicas, sociais, algumas das coisas mais banais do mundo estão em vias de extinção, ameaçadas por um modo de vida em crescente atomização e isolamento.
Por isso, este será um espaço que convida à escuta, à leitura, a simplesmente conversar, ver cinemanuma sala escura, ouvir música ao vivo, cantar, beber junto e comer petiscos à volta de uma mesa corrida.
A CCBA foi o último projecto do Zé Pinho, inspirado pelo sonho de poder voltar ao Bairro Alto, o seu bairro de adoção, onde nasceu a primeira Ler Devagar, a apenas 30 metros de distância.
A Casa do Comum terá uma Livraria Ler Devagar, capaz de recuperar o espírito de encontro da original. No segundo piso haverá uma pequena Sala de Cinema, onde poderão acontecer também concertos intimistas. Albergará um Museu da Preguiça, residência de 3 bibliotecas doadas por amigos, para serem descobertas na horizontal, nas várias camas e redes espalhadas pelo espaço. E, por fim, terá um amplo Bar no piso térreo, dentro de uma livraria alfarrabista.
Mas quer ser também uma Casa para aqueles que vêem os seus espaços de afectos extinguir-se, um sítio que esteja aberto a artistas que procuram lugar para a experimentação, um espaço de discussões e ideias, que assume o caráter político de ser ao mesmo tempo lugar de criação, de preguiça, de encontro e de celebração. "
Foi o último projecto do Zé Pinho, que ainda o viu soletrar-se. O texto acima é de sua filha Joana.
Labels: Casa do Comum, Ler Devagar
Ontem vi na cinemateca este documentário:
https://doclisboa.org/2023/filmes/crisis-a-film-of-the-nazi-way/
e não podemos desligar da sua sequela, a dominação judaica sobre a Palestina. A forma como os movimentos terroristas, judaicos, foram matando e afastando as populações árabes, muitas vezes com tanta crueldade como a de hoje do Hamas, que obviamente considero um grupo execrável, como considero execrável o sionismo. O caminho do nazismo, é igual ao caminho desse outro nazionalismo, o sionismo.
Muito haveria para contar. Eu semita me confesso,
E esta, esta é a linguagem do III Reich, a linguagem do nazismo:
https://www.commondreams.org/opinion/language-of-genocide-in-gaza
Labels: Anti-sionismo, linguagem, nazionalismo
Há muito que não lia um manual deste calibre. Desmonta totalmente a ficção chamada materialismo histórico, uma efabulação marxista que pretende que essa se desenrola em linha e por tempos.
Não como já sabemos não há linearidade e não essa (a História) não é universal e está dominada por eurocentrismo, inclusivé marxista, que não tem em conta as diversidades sociais, económicas e políticas.
Ontem puseram-me num grupo de WhatsApp de 100 e tal pessoas. Fiquei logo desconfiado e hoje recebo logo pela manhã duas idiotices, e reles manipulações, asquerosas e de extrema direita. Sem causar ruído enviei o contacto do Observatório (já tenho mais alguns inscritos) e retirei-me, invocando problemas de stress nas redes sociais. De facto só de alguns minutos e já estava com os pelos em ponta, tal a desfaçatez desses energúmenos, sim energúmenos que difundem as fakes sem a mínima avaliação e contrariando toda a lógica e decência, talvez porque a maior parte dos membros destas listas são da sua laia. Pois não contam comigo, nem sequer para denunciar as suas mentiras, já sei o que a casa gasta. E se houver bom senso rapidamente estarão a falar sózinhos.
Labels: fakes, redes sociais, WhatsApp
Com a Amazónia, novamente, novamente em risco, ora de mineração na Foz, não há que esperar grande coisa de Lula. A Greenpeace Brasil lança um abaixo assinado, que é exclusivo para brasileiros, em sua defesa.
Para o ilustrar este fabuloso desenho. Que mundo queremos??????????
Labels: amazónia, floresta tropical
Estamos a preparar o lançamento da 3ª edição do O.I.E., com nova cara e alterações metodológicas.
https://obseribericoenergia.pt/
a assinatura é gratuita e podem desassociar-se quando quiserem....
Já passámos os 5 anos!!!! Só com as pausas regulamentares.
Labels: O.I.E., Observatório Ibérico Energia
Ainda sobre o gueto de Gaza e o Holocausto em curso:
https://www.commondreams.org/opinion/hamas-israel-terrorism
não temos que ter medo das palavras, ninguém é dono delas.
Labels: Gueto, Holocausto
Tenho escrito que o sionismo é um nazismo invertido, e que joga com a culpa do homem branco. Ora até criou os seus guetos, Gaza não é senão um gueto, cercado, à mercê da morte, por fome ou exaustão ou bombardeamentos. É uma verdadeira prisão, nem mais nem menos que o gueto de Varsóvia. Ontem li um artigo que se eximia em comparações detalhadas, escrito por uma identidade judia, como eu, de origem sefardi.
É um verdadeiro horror, e atenção não se veja na comparação nenhuma desvalorização, aqui são dois milhões o holocausto foram muito mais, mas como aqui dirigido contra uma identidade (não existem povos!), antes era judaica, ou cigana, ou comunista ou homosexual. Hoje é tão só palestina, que pode ser qualquer dessas e árabe também.
Vivemos tempos duros em que temos que usar o poder das palavras para desmistificar a hegemonia. Sem medo delas, ainda que a censura tenha voltado a rondar.
Vivemos tempos de radicalização tonta, os meninos que bloqueiam as estadas em vez das refinarias, que agridem ministros em vez de os confrontarem, que sujam e degradam obras de arte em vez de as fazerem.... vivemos tempos parvos, em que esses tontos ajudam os inimigos da luta contra as alterações climáticas ao criarem um mau estar evidente na opinião pública.
Hoje li em vários jornais artigos que denunciam estas acções e outros que se aproveitam delas para denegrirem o movimento em geral. Esses meninos precisavam de tau tau e que alguém lhes dissesse que usar argolas no nariz e roupinhas de griffes não ajuda, também, a causa.
Li este livro
que um velho amigo me trouxe do Tropismes, que saudades, que saudades, onde 13 pessoas escrevem artigos sobre a radicalização ecológica. Nada de novo, tudo muito em em linha com as minhas posições, embora alguns entram em "confusão". Curiosamente não o director de uma patronal que refere "defender o decrescimento hoje é ser pragmático e razoável". Já um psiquiatra parece manifestamente não os ter todos quando diz " falar de decrescimento é contra-produtivo". A diferença entre um teórico da treta e um que está no terreno.
É como a diferença entre os que se sentam a prejudicar a vida de quem ttrabalha e os que agem com risco, como o meu querido amigo Mark Dubois (história no 1231: https://obseribericoenergia.pt/index.php/arquivo/ultimo-envio )
Está a decorrer mais um Doc e hoje revi, na televisão este, fabuloso, que terá passado no ano passado:
https://doclisboa.org/2022/filmes/godard-cinema/
quem ainda poder passou no TVCine Edition na sexta pelas 22horas. A não perder, de um dos maiores génios do nosso tempo.
Um livro que nos descobre algumas coisas e nos confirma e elabora outras.
Curioso e interessante, sobre um tema fascinante a escrita e as suas formas e o como se significam e se articulam com as palavras, a oralidade e os discursos, ou seja o poder, de que constitui, a escrita uma das bases.
Tenho que referir que o considero o The Guardian dos poucos, muito, muito poucos jornais que não está, totalmente, dominado pela hegemonia. Ou considerava. Acho inaceitável o despedimento do cartoonista, autor deste boneco, perfeitamente inocente e moderado, que critica um nazi, um sionista nazionalista:
Labels: nazionalismo, sionismo
São os nazis dos nossos tempos, sem que os islamitas sejam melhores:
https://elpais.com/planeta-futuro/2023-10-15/diario-de-una-semana-sorteando-la-muerte-en-gaza-nos-quieren-borrar-del-mapa.html
o sionismo é a outra face do nazismo, sem a mínima. O islamismo também.
Hoje as plantas e plantinhas, os campos e os animais nesses estão felizes.
Labels: chuva, Mr. Natural
A Mafaldinha foi no virar dos anos 60 uma das minhas heroínas (edições D. Quixote!). Hoje encontro com prazer que nos guardanapos de papel, invenção da civilização do desperdício que ela abominava, se colocam pequenas pérolas dela (de Quino, claro!)
Labels: Guardanapos, Mafalda, Quino
Este um dos documentos que foi distribuído no Encontro sobre minas:
Um contributo muito útil para organizar as lutas.
Labels: extractivismo, mineria
Not in my name!!!!!!!!!!!!!!!!
ser judeu é uma identidade socio-cultural. É tomar posição.
Hoje contra um novo Holocausto ora pelas mão de judeus.
Labels: Holocausto, Palestina
Em linha com o meu último artigo, na análise da partidocracia e dos sistemas de controle que nos impõe:
Labels: hegemonia, Javier Cercas, partidocracia, Partidos
O I Encuentro Ibérico sobre los Impactos Sociales y Ambientales de la Mineria, realizou-se esta 6ª e Sábado em Alconchel. Trarei aqui, também, os resultados.
Hoje algumas fotos.
1ª da acção que realizámos, em ilegalidade, no castelo. Corremos faixas em protesto contra a devassa das nossas almas por esta actividade sem fundo, sem ética e sem futuro:
que do outro lado tem uma pequena e simpática central fotovoltaica:
dentro do castelo fui surpreendido por estruturas manifestamente inadequadas. Deixei o meu mal estar e protesto:
Ficámos em Olivenza onde se respira em português e onde vimos uma acção exemplar do município:
Estamos nas mãos dos "distribuidores", de facto os capitaismo que também os manipulam, que escolhem o que querem distribuir e a quem, sem qualquer critério objectivo.
Acho inacreditável que uma excelente revista com a Quercus.es não seja distribuida em Portugal quando se vê, sem que ninguém compre, tanto lixo de society. E este Cañamo, que, também em Espanha, me desapareceu do meu "estanco", em Portugal nem em sonhos, seja com psico-trópicos.
Outras revistas ou livros só aparecem por pedido ou nem sequer.
Este
Informação sobre os cultivos (ultimamente tenho falhado!) e programas em curso.
Mais uma virgem montada na cabeça, manifestamente de um toiro, a esmagar a serpente.
O simbolismo não podia ser mais claro.
Há muito que não comprava o "Descubrir el ARTE" e ora este número veiu mesmo a calhar. Um grande dossier 30 páginas, cerca de um terço da revista, que também tem o incontornável Monet!, mas essas trinta páginas são um regalo. A recuperação do Ruhr, outrora a maior # lixeira# da Europa, e hoje espaço de cultura, lazer e recuperação ambiental, onde se deixou de minerar carvão, se deixou de produzir aço, se abandonou uma lógica de produção industrial que já não está no sentido do tempo.
Mas não foi pela bondade dos senhores da guerra que isto se fez.
A valorização do património industrial de minas e de coque e aço, das siderurgias e a sua transformação mostra que há caminhos possíveis para sair da direcção do abismo, do apocalipse.
Lamento que o papel dos Krupp e Thyssen, grandes sustentáculos do nazismo e coniventes com o Holocausto e os crimes do nazismo, não tenha, tanto quanto me tenha apercebido a mínima menção ou tratamento conveniente. Quem esquece o passado .....
Noto que se refere que num dos museus "há um antigo cárcere dedicado a não esquecer o período do nazismo"....
Não chega. Por isso o nazismo volta a erguer-se. Os Krupp, os Thyssen esses mercadores da morte têm que ser denunciados permanentemente assim como as suas relações. Eles são a hegemonia que temos que enfrentar.
Labels: extractivismo, minas, mineria, nazismo
Entre o desayuno em Encinasola, no Emigrante, e uma ida a Safara, onde encontrei o excelente Arcada em dia de fecho, e uma comida sem estória em Moura, leio este magnífico receituário, com receitas que também pelas fotos nos deixam a boca aguada, e que conta ainda em todas as receitas com um comentário de alta qualidade.
Labels: Alimentação, Gastronomias, Sierra de Aracena
É difícil, muito difícil defender a não violência quando o mundo encara um novo genocídio, sim um novo genocídio. Em Gaza o exército de Israel, armado pelo seu dono prepara-se para aniquilar um povo, 2, 5 milhões. Será um autêntico, já se lhe assemelha, HOLOCAUSTO.
O povo, ou melhor a religião porque os judeus não são um povo, mas vários, que foi quase aniquilado por uma lógica, inventada, racista (os judeus nem sequer são uma etnia, mas várias) e que hoje, também pelo sentimento de culpa do exterminador ou dos seus herdeiros (não nos esqueçamos que os alemães eram quase todos a favor do holocausto e ainda hoje as empresas que lhe deram cobertura dominam a economia alemã) que alimentaram o sionismo, um nazismo invertido, vivemos tempos de angústia.
Claro que as acções do Hamas, um grupo de fanas islâmicos que são obviamente do piorio à face da Terra, são absolutamente execráveis e merecem total censura e repúdio. Como as retaliações por parte de Israel. Bem sei que são dois, ou melhor um só povo bíblico, com pequenas nuances religiosas que os dividem. Todos semitas, donde a acusação de anti-semitismo não ter qualquer sentido, aliás nos somos todos semitas, por cá, resultantes de fenícios, judeus, árabes e tantos outros que nos povoaram.
Bom, haverá alguma solução?
Tenho que referir que primeiro que tudo seria necessário despir as palavras das suas cargas significantes, isolá-las das suas mentiras e manipulações, ir ao fundo dos seus sentidos e a partir daí alterar comportamentos e os poderes que desses transitam. E discutir, parar a guerra, esta, todas as guerras e discutir, depois clatro de limpar as palavras, desmontá-las, como por aqui e ali tenho feito, desmascarando discursos, os discursos da hegemonia que nos assolam e se nos impõe.
Eu sou de origem sefardi comprovada, os meus bisavós retornaram de Marrocos, em meados do século XIX, está documentado e tenho ocasionalmente apoiado:https://www.jewishvoiceforpeace.org/
que é a mais activa organização anti.sionista judia!
Labels: guerra, Holocausto, Judeus, Palestina
Mais um número de excelência, com artigos duros, muito, para os que defendem renováveis sem princípios nem critérios:
Labels: revista Quercus
Biden já foi. Não é que o seguinte, novamente o Trump seja, nem por sombras, melhor, mas ao menos não engana ninguém que não queira ser enganado.
Biden tem desrespeitado todas, todas as promessas de dar a volta à degradação ambiental e climática. Merece um zero. Além que está a cair, mas mesmo a cair da tripeça. Escrevi abaixo que os E.U.A. são um país totalitário, partido único e comunicação social toda controlada, ou quase toda, pelo sistema da hegemonia. Não vamos longe.
Labels: democracia, E.U.A.
É o próxima na Gazeta da Beira:
Discutindo a representação
“Tudo o que o partido diz que é verdade, é verdade. Só podemos ver a verdade pelos olhos do partido.”
G. Orwell
“A beleza não é uma qualidade inerente às coisas em si mesmas, ela só existe no espírito que a contempla, e cada espírito apercebe-se de uma beleza diferente.”
D. Hume
Mais de 50% dos eleitores da Madeira não outorgaram qualquer representação aos eleitos.
Juntando aos 47% de abstencionistas activos os 4% de votantes que votaram branco, nulo ou inútil, ultrapassamos largamente os 50%.
Na Madeira, como ora costuma ocorrer por todo o lado a representação é pífia, o Governo não chegará em qualquer caso a representar senão pouco mais de um quinto do eleitorado (depois deste escrito aconteceu a inacreditável estória de claro oportunismo tanto do PSD como do PAN, que nem sequer comento, ao nível de qualquer excreta).
Primeira conclusão é que mesmo com o melhor sistema eleitoral (o método de Hondt sobre a totalidade, seja só como corrector de pequenos círculos), em que todos os votos, salvo os inúteis, contam, o povo não vai em delegações, em discursos fátuos, que se desdizem logo na noite eleitoral, como se não os tivéssemos ouvido um ou dois dias antes. Eles pensam que somos todos da mesma laia deles. Mas não.
Sou, cada vez mais contra o actual sistema ao qual preferiria um sorteio aleatório para escolha dos deputados, que bastaria passarem por um crivo de sanidade (que deveria ser extensivo aos órgãos uninominais, que merecem a minha oposição total, veja-se o actualmente em curso!) e ala sorteio e à Assembleia que nos representariam melhor que aqueles 47 que serão pagos, pelos meus impostos, mais que os deputados nacionais e, ainda, com mais mordomias (e os 250 nacionais pelo mesmo modo, com o sistema de direitos, jurídico/constitucional, a ser garante da manutenção das liberdades públicas e da legalidade)
O sistema da hegemonia, que não é só o imposto pelo Jardim (que é certo acabou com o feudalismo, a colonia, articulada com as distribuições de água das levadas, na Madeira, mas trocou por outras dependências), domina a realidade virtual construída também pela comunicação social, onde um discurso que saia da caixa não tem lugar.
A nível nacional é mais do mesmo. A abstenção e o não voto, seja pelo dito em partidos que não existem, seja os brancos ou nulos continuam a dominar um sistema que tem pouco, muito pouco que ver com o que nos dizem que remonta aos gregos. Pois na Grécia não havia partidos, Péricles era votado pelos projectos e pela oratória (só por homens, numa sociedade escravocrata! É certo) e podia ser demitido se um certo número de cidadãos o requeresse (claro teria que passar pelo voto de Assembleia, que era.... de braço no ar).
Pois embora nos digam que vivemos em democracia tal não é verdade.
É certo que temos algumas liberdades, a de expressão cada vez menos com a informação toda, ou quase toda, dominada pelos grupos económicos e pela hegemonia que domina os discursos, e o sistema judicial dominado por uma casta que é também manietada por jeitinhos e por quem tem dinheiro (veja-se os custos judiciais). Pois as liberdades públicas ai, ai onde param as liberdades públicas...
Mas é o sistema eleitoral, aliás em todo o lado, nalguns casos totalmente obsoleto como nos Estados Unidos, que na prática são um sistema de partido único ( 2 partidos é uma anedota) e que está moribundo.
Aliás deveria chamar-se como corresponde, e que não tem nada a ver com qualquer transparência, partidocracia. E sabendo, e já andei por inúmeros partidos, sabendo como estes funcionam a democracia é uma mera ficção. Uma só palavra.
Deixo ainda duas notas finais, mas voltarei ao tema.
1- O património, o ambiente, a cultura, e claro esses estão articulados com a qualidade de vida e a saúde, educação, habitação, não têm partido e só interesses financeiros hegemónicos ligados ao capitalismo mais libertino, motivam que sejam objecto de conflitos, e claro a corrupção.
2- Seria possível encontrar, mesmo no actual sistema, formas de representação que não seja a radical que defendo e que apresento só, só mesmo para aguçar o pensamento.
Nota
Sou informado e aqui divulgo que se realizará uma sessão evocativa do Rui Cunha, que aqui mencionei e chorei em artigo do mês passado, numa das organizações de que ele fez parte a L.P.N. na sua sede nacional em Lisboa no dia 12, pelas 18 horas. Estarei presente em espírito, dado ter um compromisso contra a Mineração, em Alconchel, o I Encontro Ibérico sobre os Impactos Sociais e Ambientais dessa, de dia 12 a 15.
Labels: Gazeta da Beira, Representação, Rui Cunha
Um país ocupa territórios de outro pela violência. O outro reage de igual forma.
O que faz a comunidade internacional?
Num caso condena o invasor e apoia a guerra contra esse.
No outro caso apoia o invasor e a destruição do invadido.
You know what I mean?
Labels: É a Guerra, Hipocrisia
Com o material pronto para a editora. Talvez ainda haja mais uma leitura....antes da impressão.
E hoje, já em alívio, volto às leituras:
a este simpático livro berbere, onde ainda aprendo algumas estórias, numa escrita envolvente e um pouco romanceada.
Notável o capítulo sobre as ligações linguísticas do "árabe" para o romance latino, de dicionário. E também a citação do nosso F. Pessoa!
Labels: Al-Andalus, História, Livros
Leio este artigo e não posso estar mais de acordo:
https://www.dn.pt/opiniao/fraco-sexo-forte-17127794.html
é certo que é um tema melindroso. Mas este é fundamental.
Labels: Queer/trans
Após, talvez, a última revisão, já com as correcções profissionais, do #Apocalipse (in) Certo, As hidras do Antropoceno#, concluo também, ao fim de 9 dias este:
um magnífico livro, fundamental para quem se interessa pela biologia, o estudo do vivo.
Os sentidos, todos e mais algum que servem para orientar as diferentes espécies são examinados em detalhe, e ficamos, mesmo os que têm algumas noções, surpressos com as possiblidades que temos, as espécies, de identificar e comunicar.
Fiquei feliz, hoje.
Labels: An Immense World, Biologia, Ed Young
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Isto é o que diz a revista Science:
Is Fukushima wastewater release safe? What the science says
Radiation in the water will be diluted to almost-background levels, but some researchers are not sure this will be sufficient to mitigate the risks.
E segue mencionando o problema com o césio, que é altamente radioactivo, mas é assim que....
que traduz o Público:
Quais são os riscos de lançar no mar águas
radioactivas de Fukushima?
As descargas de águas filtradas da central nuclear Fukushima Daiichi, no Japão,
não deverão causar “efeitos substanciais” na saúde humana nem nos ecossistemas
do oceano Pacífico, sugere um artigo publicado esta quinta-feira na revista
científica Science.
Labels: jornalismo de sarjeta, no comments
Vivemos imersos na ditadura da hegemonia, do controle total dos média pelos poderes económicos e políticos, que aliás são também os donos desses.
Hoje leio um artigo que contraria tudo, tudo mesmo, que nos tentam vender:
https://www.commondreams.org/opinion/path-to-peace-in-ukraine
mas infelizmente nada, nada disto saí numa comunicação social dominada pelos milhafres, os teresadesousismo e os rogeirismo, tudo neocons que vem do pior que as nossas sociedades já produziram e que continuam.
Inacreditável. Que com a complacência da P.S.P. que foi notificada 4 ou 5 marginais ( um ou mesmo os 5 ex-presidiários, o que como sabemos em Oeiras como em qualquer outro lado não implica que não haja reincidência ou até regresso ao local do crime) com uns coletes
de uma associação fictícia, basta ir à sua página para ver que são uns vigaristas (tive dois primos na guerra colonial, se fossem vivos já estariam no caminho dos 90, como aliás qualquer veterano!), tenham passado uma manhã a parar o transito na Rotunda do Marquês.
A pedir esmola.
É que para qualquer, qualquer peditório tem que haver uma autorização. E até para vender rifas. Para esmolar...parar o trânsito....ainda se fosse a Ursula Andrews..... no magnifico filme dos bate-chapas.....
Coincidi com a Maria José Roxo num mestrado, e apreciei-a, pela qualidade cientifica e pela atitude.
Este livro é irrepreensível desse ponto de vista, mas....
talvez pela, devido à Fundação é um livro que não dá um passo em frente.
É que tudo é política e a desertificação não é só um problema técnico e cientifico. Por exemplo passa neste livro com duas linhas sobre a questão de Alqueva que é fulcral neste processo assim como parece (é!) timorata na questão do regadio e nas suas consequências seja na destruição dos solos seja na imposição de modelos de gestão que só favorecem essa.
Recordei o meu amigo Eugénio Sequeira ao ler este, com saudosos sentimentos.
Labels: desertificação, Mª José Roxo
Depois desta Lua decrescente e magnífica:
foi dia em que confirmei que tenho uma diástase abdominal... e diz-me a simpática médica que nada a fazer....
na espera li dois livros, um este agradável e poderoso conto de Teixeira-Gomes:
Do outro livro contarei em próxima posta.
Um filme pouco.
